Fraturas que envolvem tanto o rádio quanto a ulna são mais graves do que fraturas isoladas. Elas afetam a movimentação completa do antebraço e quase sempre exigem cirurgia para garantir uma boa recuperação.
São os dois ossos longos do antebraço
O rádio permite o movimento de rotação (virar a palma da mão)
A ulna é o eixo estável que se conecta ao cotovelo
Acidentes de trânsito
Quedas de altura
Traumas esportivos
Golpes diretos no antebraço (ex: agressões, pancadas)
Quando ocorre fratura dos dois ossos ao mesmo tempo, geralmente há uma energia muito alta envolvida.
Dor intensa no antebraço
Inchaço e deformidade
Dificuldade ou incapacidade de movimentar a mão e o cotovelo
Em alguns casos, formigamento ou dormência
Exame físico completo (avaliar pulsos e nervos)
Radiografias do antebraço, punho e cotovelo
Tomografia em casos complexos ou com fraturas articulares
A movimentação do antebraço depende do arco natural do osso do rádio (curvatura chamada de “arco radial”). Se ele não for restaurado corretamente, o paciente pode perder parte dos movimentos de rotação (pronação/supinação).
Conservador (sem cirurgia)
Muito raro em adultos
Só indicado em fraturas completamente alinhadas e sem desvio
Associado a alto risco de consolidação inadequada ou perda de movimento
Cirúrgico (ORIF)
Padrão ouro para quase todos os adultos
Realizado com placas e parafusos nos dois ossos
Objetivo: restaurar alinhamento, curvatura e estabilidade
Pode exigir enxerto ósseo em casos com perda de osso
Em situações mais graves, pode ser usado o técnica de Masquelet ou enxertos de fíbula vascularizada
Placas rígidas com 6 parafusos de fixação em cada lado da fratura
Colocação do material por duas incisões diferentes para evitar complicações como ossificação entre os ossos (sinostose)
Mobilização precoce em muitos casos (evitar rigidez)
Uso de órtese por 6 semanas em alguns casos pós-operatórios
Sinostose (união óssea entre os dois ossos) – dificulta a rotação do braço
Infecção
Síndrome compartimental – aumento da pressão no antebraço, grave e emergencial
Não união da fratura
Refratura após retirada precoce da placa
Lesão de nervos (radial, mediano ou ulnar)
Bons resultados quando o alinhamento é restaurado
Redução de força é esperada:
~25% da força da mão
~30% da rotação do antebraço
~37% da extensão do punho
O grau de curvatura do rádio é o maior fator que determina o sucesso funcional