A fratura do úmero proximal é um tipo comum de fratura do ombro, especialmente em pessoas com mais de 60 anos, geralmente causada por uma queda com o braço esticado.
O que é?
O úmero é o osso do braço que se articula com a escápula (ombro). Quando ele quebra na parte superior (próxima ao ombro), chamamos de fratura proximal do úmero. Isso pode envolver a parte principal do osso, os tubérculos (onde os tendões do manguito rotador se inserem) ou a cabeça do osso, que se encaixa na articulação.
Quem costuma ter esse tipo de fratura?
Pessoas idosas, principalmente mulheres, com ossos mais frágeis (osteoporose)
Pessoas com diabetes, epilepsia, ou que usam corticoides por muito tempo
Jovens que sofreram traumas de alta energia, como acidentes de carro
Sintomas comuns:
Dor intensa no ombro após uma queda
Inchaço e hematomas que se espalham pelo braço
Dificuldade ou incapacidade de levantar o braço
Dormência ou formigamento, quando algum nervo é afetado
Como é feito o diagnóstico?
Com uma avaliação médica e exames de imagem como raio-X. Em casos mais complexos, pode ser necessário fazer uma tomografia para entender melhor a fratura.
Quando operar e quando não operar?
👉 Tratamento sem cirurgia (a maioria dos casos):
Indicado quando a fratura não está muito deslocada
Usa-se tipoia por algumas semanas e inicia-se a fisioterapia cedo
A recuperação pode levar de 6 a 12 semanas
👉 Tratamento com cirurgia:
Necessário quando a fratura está muito desalinhada ou envolve várias partes do osso
A cirurgia pode usar placas, parafusos, pinos ou, em alguns casos, uma prótese do ombro
O objetivo é alinhar os ossos e permitir uma melhor recuperação do movimento
Tipos de cirurgia mais comuns:
Fixação com placa e parafusos: usada em fraturas mais simples e pacientes com boa qualidade óssea
Prótese parcial (hemiartroplastia): indicada quando a cabeça do osso está muito danificada
Prótese total reversa do ombro: usada em pacientes idosos com fraturas graves e tendões lesionados
Possíveis complicações:
Rigidez no ombro se a fisioterapia não for feita adequadamente
Dor persistente
Necrose (morte da cabeça do osso) se o sangue não voltar a circular na região
Perda de força se os tendões não cicatrizarem bem
Lesão de nervos (principalmente o nervo axilar)
Recuperação e reabilitação:
A fisioterapia é essencial e deve começar assim que possível. No início, os exercícios são leves, com o braço sendo movimentado passivamente. Depois, começam os movimentos ativos e o fortalecimento muscular. A recuperação completa pode levar de 3 a 6 meses, dependendo da idade e do tipo de fratura.