O que é?
O tórax instável acontece quando três ou mais costelas consecutivas quebram em dois pontos cada, formando um “bloco solto” na parede do tórax. Isso causa um movimento anormal na respiração: a parte afetada entra na inspiração e sai na expiração, o oposto do normal.
Geralmente está associado a lesões nos pulmões, como pneumotórax (ar no pulmão) e hemotórax (sangue no pulmão).
Acidentes de carro ou motos (trauma direto forte no tórax)
Quedas em idosos com osteoporose
Lesões penetrantes (por objetos cortantes ou pontiagudos)
Dor intensa no peito, principalmente ao respirar
Dificuldade para respirar
Inchaço e hematomas no tórax
Movimento anormal da parede torácica (a área afundando com a respiração)
Raio-X de tórax (pode não mostrar tudo nos exames simples)
Tomografia (TC) é o melhor exame para avaliar a gravidade e para planejar o tratamento, além de detectar outras lesões no tórax ou abdômen.
Lesão da aorta ou plexo braquial (em fraturas das costelas superiores)
Lesão no fígado ou baço (em fraturas das costelas inferiores)
Fraturas de escápula e clavícula
Contusões pulmonares (lesões internas no pulmão)
✅ Sem cirurgia (tratamento conservador):
Indicado quando:
Não há falência respiratória
Não há “bloco solto” com mais de 3 costelas fraturadas em dois pontos
O paciente consegue respirar de forma satisfatória
Como é feito:
Oxigênio suplementar
Controle da dor com medicamentos potentes
Exercícios respiratórios com espirometria de incentivo
Fisioterapia respiratória
⚙️ Com cirurgia (fixação das costelas):
Indicada quando:
Há instabilidade grave com mais de 3 costelas fraturadas em dois pontos
O paciente não consegue sair do respirador
Fratura exposta (osso para fora)
Dor intensa e persistente mesmo com medicações
Fratura que não colou (não união óssea)
Técnica usada:
Cirurgia com placas e parafusos ou hastes internas para estabilizar as costelas.
Vantagens da cirurgia:
Melhora da respiração
Menor tempo no respirador
Menor risco de pneumonia
Menor tempo de internação na UTI e no hospital
Diminuição da dor crônica e deformidade torácica
Dor persistente (não união da fratura)
Lesão do nervo entre as costelas (intercostal)
Fraqueza muscular na escápula
Pneumonia
Dificuldade respiratória prolongada
Sem cirurgia, a mortalidade pode chegar a 33% nos casos graves
Com cirurgia, esse número cai para cerca de 2,5%, além de reduzir outras complicações respiratórias e hospitalares