A fratura de Monteggia é uma lesão rara e importante do antebraço, caracterizada por uma fratura na parte superior da ulna (um dos ossos do antebraço) acompanhada de deslocamento da cabeça do rádio (que articula com o cotovelo).
É uma combinação de:
Fratura do terço proximal da ulna (osso localizado do lado do dedo mínimo)
Luxação da cabeça do rádio (osso do lado do polegar)
Essa combinação pode comprometer seriamente a função do cotovelo e do antebraço, especialmente se não for tratada de forma adequada.
Mais comum em crianças entre 4 e 10 anos
Rara em adultos, mas geralmente mais grave quando acontece
Quedas com o braço estendido
Acidentes com traumas de alta energia
Fraturas expostas
Lesões associadas como:
Fraturas do olécrano (parte pontuda do cotovelo)
Fratura da cabeça do rádio
Lesões ligamentares
Dor intensa no cotovelo ou antebraço
Inchaço e limitação de movimentos
Em alguns casos, formigamento ou fraqueza na mão (por compressão de nervos)
Exame físico para avaliar dor, movimentação e integridade dos nervos
Radiografias do antebraço, cotovelo e punho (em várias posições)
Tomografia pode ser usada em fraturas mais complexas
A classificação mais comum é a Bado, que divide as fraturas de Monteggia em quatro tipos, de acordo com a direção da luxação do rádio.
Isso ajuda o ortopedista a decidir o melhor tratamento.
👶 Crianças
Muitas vezes o tratamento pode ser feito com redução fechada e gesso, desde que o cotovelo fique estável.
👨⚕️ Adultos
A maioria dos casos requer cirurgia para reposicionar e fixar os ossos, chamada de ORIF (fixação interna com placas e parafusos)
Técnicas possíveis:
Fixação da ulna com placa e parafusos
Correção da luxação da cabeça do rádio
Em alguns casos, uso de haste intramedular (técnica menos invasiva para fraturas simples)
Lesão do nervo interósseo posterior (PIN)
Pode causar fraqueza para estender o punho ou o polegar, mas geralmente melhora espontaneamente
Luxação persistente da cabeça do rádio
Pode ocorrer se o alinhamento da ulna não for restaurado corretamente
Rigidez no cotovelo
Quanto maior o tempo sem diagnóstico, maior o risco
Quando tratado corretamente, o paciente costuma recuperar bem a função do cotovelo e do antebraço.
Atenção: um diagnóstico feito com atraso (após 2 a 3 semanas) pode aumentar significativamente o risco de complicações permanentes.
Não ignore os sinais. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar limitações.