É uma lesão rara e grave do ombro causada por traumas de alta energia (como acidentes de trânsito). Nessa condição, a escápula (osso das costas que forma a parte posterior do ombro) se separa da parede torácica, rompendo ligamentos, nervos e vasos da região.
Acidente de carro ou moto
Queda de grande altura
Trauma com tração lateral violenta no braço
Essa lesão normalmente vem acompanhada de fraturas da escápula, clavícula, luxações do ombro e, em muitos casos, lesões graves dos nervos e vasos sanguíneos.
Dor intensa no ombro e braço
Inchaço e hematomas na região
Falta de sensibilidade ou paralisia no braço
Diminuição ou ausência de pulso no braço afetado (sinal de lesão vascular grave)
O ombro pode parecer "deslocado para fora"
Raio-X de tórax e ombro: mostra a escápula mais afastada da coluna do que o normal
Tomografia (CT): confirma o afastamento e mostra fraturas associadas
Angiotomografia: avalia possíveis lesões em artérias importantes, como a subclávia ou axilar
🛑 Sem cirurgia (casos leves):
Indicado quando:
O paciente está estável
Não há sangramento ou lesão vascular grave
Não há lesão neurológica importante
O tratamento envolve imobilização, repouso, controle da dor e acompanhamento da função do braço.
🛠️ Cirurgia (casos graves):
Indicada quando:
Há rompimento de vasos importantes (como artéria subclávia ou axilar)
Fraturas da clavícula ou articulação acromioclavicular
Lesões irreparáveis nos nervos
Cirurgias possíveis:
Reparação de vasos com toracotomia (abertura do tórax)
Fixação com placas e parafusos da clavícula ou articulações
Em casos extremos: amputação do braço quando não há mais chance de recuperação neurológica
A taxa de mortalidade pode chegar a 10%
O fator mais importante para o desfecho é o grau da lesão neurológica
Quando não há recuperação dos nervos, a função do braço pode ser completamente perdida
Em alguns casos, a amputação precoce é recomendada para melhorar a qualidade de vida e facilitar o uso de prótese