A fratura da parte central da clavícula é uma das mais comuns em pessoas jovens e ativas, geralmente causada por queda sobre o ombro ou um impacto direto, como em esportes, acidentes de bicicleta ou moto.
A clavícula é o osso que liga o ombro ao tórax. Tem o formato de um “S” e sua parte do meio é mais fina e menos protegida por músculos ou ligamentos, o que a torna mais frágil. Por isso, é o local mais comum de fratura nesse osso.
Quedas de bicicleta, moto ou esportes de contato
Acidente de carro
Queda da própria altura, principalmente em idosos
Dor intensa na região entre o pescoço e o ombro
Inchaço, deformidade ou um “carocinho” visível no local
Dificuldade de levantar o braço
Sensação de estalos ou crepitação ao mover o ombro
Em alguns casos, dormência no braço se nervos estiverem afetados
Raio-X da clavícula com inclinação (zanca view): ajuda a identificar o deslocamento
Tomografia (TC): em casos mais complexos, para entender melhor a fratura ou planejar cirurgia
Exame físico para checar se há comprometimento de nervos ou vasos
O tratamento vai depender da gravidade, do grau de deslocamento e das necessidades do paciente (por exemplo, atletas ou trabalhadores ativos).
✅ Tratamento sem cirurgia (conservador)
Indicado quando:
A fratura não está muito deslocada
O osso encosta bem entre as partes quebradas
O paciente não tem alta demanda física
Como é feito:
Uso de tipoia ou imobilizador por 2 a 4 semanas
Início de fisioterapia leve após esse período
Exercícios de força a partir de 6 semanas
Retorno ao esporte geralmente após 3 a 4 meses
🛠️ Tratamento com cirurgia
Indicado quando:
A fratura está muito afastada (deslocada)
O osso encurtou mais de 2 cm
A pele está sendo pressionada (risco de ferida)
Há lesões em nervos, vasos ou fraturas associadas (como ombro ou escápula)
Como é feito:
Colocação de placa e parafusos para alinhar e fixar o osso
Pode ser por cirurgia tradicional ou minimamente invasiva (com pinos especiais)
A reabilitação começa em poucos dias, com movimentos leves, e avança conforme a dor melhora e o osso cicatriza
Tipoia por até 10 dias
Movimento leve do braço com acompanhamento médico
Fisioterapia com exercícios de força a partir de 6 semanas
Retorno aos esportes em torno de 3 meses
Sem cirurgia:
Não união do osso (não cola)
Encurtamento que afeta a força do ombro
Deformidade visível (cosmética)
Dor ao levantar peso ou fazer esforço
Com cirurgia:
Irritação pela placa (pode ser retirada depois)
Dormência na pele sobre o osso
Infecção (rara)
Lesão de nervos (também rara)
Rigidez no ombro (capsulite adesiva)
Com o tratamento certo, a maioria dos pacientes volta a ter boa força, mobilidade e função do ombro. O importante é seguir bem a reabilitação e procurar o médico se houver dor persistente, perda de força ou deformidade.